Para o pôr do sol da minha querida Bragança no Pará
                            ......


Na sinfonia do silêncio, pasmo a escutar
a prece ao universo ante o arrebol
no derradeiro adeus do orbe à luz do sol,
em comunhão co'a vida e almas a clamar.

Por esta brisa amena e crepuscular
ouço a natureza em semitom bemol
num intercâmbio de sol, com fuso briol
pelo agradecimento ao teu raio solar.

Num sentimento de pequenez à grandeza 
de apavonada tinta e azul turqueza,,
sinto a tua presença, ó meu Deus Criador...

Num laço infinito e vivificante,
da terra pátria c'o átomo flutuante,
rendo-me à magnitude da obra do Senhor.


Soneto Alexandrino Petrarqueano.