TRECHO DA VIDA
Forço um soneto nesta noite cinza,
De solidão cruel, na velha sala...
E esta dor que em mim já não se cala,
Por eu ter sido um jovem bem ranzinza.
Primeira quadra surge. Só não finja,
Por ser um poeta cheio de fala,
Que você está sentado numa mala,
E que nessa novela você é o ninja!
Segunda quadra. Vamos ao terceto.
Enquanto a noite meia, meia noite,
Uma terceira estrofe lhes prometo.
Já estou perto do grande desfecho,
A relatar em versos num açoite,
Da minha vida, este pequeno trecho.