Se teu odor no tédio a mim se hospeda,
a saudade ambígua vem morar comigo
atenuando uma aflição que medra
e transforma em mel, o travo castigo.
Não crês se disser-te o infausto amigo
que o fado da tua ausência o tino enreda
por termos aos meus ais sob um mausoléu amigo,
rendido ao peso do teu coração de pedra...
O meu penar é cavo igual o sino ao longe
que tange o som no réquiem do passamento,
e um dia também marcou o peito do monge,
que enclausurou-se por teu encantamento.
    - Então cismo, - por que afinal não me queres?...
    - Quiçá ainda exista amor no coração das mulheres! 

Soneto alexandrino inglês.                                                                                     
Lobato de Andrade Iran Lobato
Enviado por Lobato de Andrade Iran Lobato em 26/07/2018
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