SONETILHO DA PRESENÇA [806]
SONETILHO DA PRESENÇA
[806]
O que só me impacienta
é não morares grudada
à lousa da minha venta,
sempre rosa desfolhada.
Tua presença me aquenta,
até nos confins, beijada
por lua a mais friorenta,
nos lençóis da madrugada.
Para curar-me o delírio,
fica-me aos vaus do nariz,
faze as graças dum colírio!
Nuazinha, aqui, te quero,
qual a aurora mais atriz,
a solfejar-me um bolero.
Fort., 25/07/2018.