Tetrasoneto: O grito da morte!...
Era o brilho da esperança,
Na doce fortuna da sorte,
Uma brandura por poder,
E, em suas andanças,
Lutaria contra a morte
Para continuar a escrever,
Mas, com o céu magoado,
Chorando tanto sofrimento,
O povo foi trucidado,
Martírio desse tormento,
Mas a vida na Terra,
Nas mãos de um capataz
Sofreu com quem erra
E agora na ciência jaz,
Mas o grito berrante,
Chamando por socorro,
Foi ouvido na arte,
Um poeta errante,
Por quem socorro,
Veio de sua parte
Lutar contra o mal,
Mas foi fera ferida,
E seu inimigo: Qual?
A sua pátria querida
Foi correndo defender,
O mundo escravizado,
Tendo o corpo que vender,
Até Deus foi humilhado,
A um choro de dentro do berço
Foi o nosso herói ajudar,
Guerreiros de longe vem,
Numa lástima de antes imerso,
Não tendo mais quem amar,
Vem defender do além,
Mas, cada beijo da sorte,
Deixou seu pobre coração
E uma guerra contra a morte
Se travou na solidão,
O mundo pedindo ajuda
Ensinou seu espírito,
Que a voz de Deus é muda,
E fingir surdez não é hábito,
Mas, no fundo da Terra,
Gritam os animais
Que comem o amor,
Quem é bom não erra,
Não quero sofrer mais
Diante de tanto horror,
O fim do mundo lamento,
Sendo o poeta que sou,
Neste escrito intento
Dizer que se acabou
O mundo conhecido,
Até mesmo o cristianismo,
Deste tormento padecido,
Deixo o messianismo...