CLAMORES VIAJANTES

CLAMORES VIAJANTES

A tua voz envolve, renitente,

os pensamentos tontos de saudade.

Um riso se perdeu na escuridade

que tu pintaste aqui, intransigente.

A vida segue um curso diferente,

da solidão enfrenta a frialdade.

Machuca tanto o peito essa verdade

pousada sobre os sonhos, inclemente...

Clamores, viajantes sem destino,

deflagram a procura improdutiva

por ti na madrugada interminável.

Nos braços teus ainda me imagino...

Não encontrei melhor alternativa

do que me alimentar do inalcançável.