MEU DIAMANTE...

Essa saudade por dentro é cálida...

Mas de uma maneira interessante...

Embora queime minh'alma pávida...

Esta suplica de forma incessante,

Para que a chama não fique pálida,

Para que queime a todo instante...

Como se deste fogo ascendesse ávida,

Como se não acendesse a dor constante.

Um trocadilho sem dom, sem dádiva...

Do verbo do fogo, da cinza válida...

Impregnada por quem já lhe foi amante.

Que em si transforma a dor em álida...

No ardor de uma reles vida árida...

E a pedra bruta em meu diamante.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 23/07/2018
Código do texto: T6398189
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