MEU DIAMANTE...
Essa saudade por dentro é cálida...
Mas de uma maneira interessante...
Embora queime minh'alma pávida...
Esta suplica de forma incessante,
Para que a chama não fique pálida,
Para que queime a todo instante...
Como se deste fogo ascendesse ávida,
Como se não acendesse a dor constante.
Um trocadilho sem dom, sem dádiva...
Do verbo do fogo, da cinza válida...
Impregnada por quem já lhe foi amante.
Que em si transforma a dor em álida...
No ardor de uma reles vida árida...
E a pedra bruta em meu diamante.