Soneto III - Aos pés do Amor sagrado eu tremo e caio

Aos pés do Amor sagrado eu tremo e caio

e em suas mãos entrego o coração

onde o ágape, o idílio e a paixão

escondem com sua luz o Sol de maio.

E enquanto, suavemente, ao chão desmaio

mais frágil que uma flor num furacão

ele se abaixa e impondo em mim sua mão

suspira em meu ouvido, ao que eu retraio:

Até que sobre nós o Céu desabe

e caíam as estrelas uma a uma

Deixando a sós o Sol co' a Lua pura

Eu farei com que tua aalma se consuma

d'amores mil até que enfim te acabe

a vida que, teimosa, ainda dura.

Marco Fabricio
Enviado por Marco Fabricio em 22/07/2018
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