SEMBLANTE
Tenho em alvas lágrimas uma unção,
Que o destino errante as sombrearam
Teus lábios proferiram-me esta maldição;
Fui anjo d'alva, em céus que o cercaram.
Possuo um semblante harmonioso;
Há uma tristeza pálida entre um rubor.
Minha face sorri... Um riso culposo...
Às vezes chora... pranteia com furor.
Quaisquer anjos dos confins, choram...
Por paixões, amor, mágoas tão doídas;
Caí em desgraça por Amor, por inglória.
As trevas adentraram minhas entranhas,
Sufocou a felicidade, contida, em silêncio
Tornei-me alma morta... uma estranha.