SEMBLANTE

Tenho em alvas lágrimas uma unção,

Que o destino errante as sombrearam

Teus lábios proferiram-me esta maldição;

Fui anjo d'alva, em céus que o cercaram.

Possuo um semblante harmonioso;

Há uma tristeza pálida entre um rubor.

Minha face sorri... Um riso culposo...

Às vezes chora... pranteia com furor.

Quaisquer anjos dos confins, choram...

Por paixões, amor, mágoas tão doídas;

Caí em desgraça por Amor, por inglória.

As trevas adentraram minhas entranhas,

Sufocou a felicidade, contida, em silêncio

Tornei-me alma morta... uma estranha.

Cristina Milanni
Enviado por Cristina Milanni em 17/07/2018
Código do texto: T6392686
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