TUDO É EFÊMERO... ATÉ NÓS!
Aquela rosa, abriu hoje, formosa a perfumar.
Amanhã estará murcha às intempéries do vento...
E a abelhinha indefesa, desgarrada, jaz no chão.
Perdeu-se do grupo e não conseguiu retornar!
Folhas de um coqueiro brilhando ao sol nascente,
mostram partes desnudas, destruídas por lagartas...
E aquele arvoredo viçoso e verdejante do verão,
hoje inverno, não passa de esqueleto nú ao desalento!
Até o rio de águas caudalosas, se tornou riacho silente
serpenteando tímido por entre gramados ressequidos
que já foram tapetes aveludados, doces obras de enfeite...
Ah, efêmera vida, somos apenas marcadas cartas,
de breves jogos sem amanhã, que causam deleite
num eterno renovar, prá não sermos esquecidos!