DILEMA
Temo ser eu neste mundo
Um espírito encostado
Da rima,um vagabundo
Na poesia,não mais que um derrotado.
Meu poema de tão marginalizado
Às vezes vil, às vezes imundo
Por não ser fecundo
Vive por aí abandonado
Ouço vozes que de tão poéticas
Lembram as melodias magnéticas
Do assombroso canto da sereia.
Estas vozes mergulham-me no dilema:
O que vale mais? - Meu poema?
Ou um minúsculo grão de areia?
Igor da Silva Chaves