NA PELE...
Na pele os arranhões se firmam...
Talvez mais claros que n'alma...
Mas apenas aos alheios rimam...
Enquanto finjo minha calma...
Segredos tenho e dominam...
E se multiplicam, sua fauna...
Dolente modo como se comunicam...
Em dialeto consciente que me falta.
Traduzi-los seria diminuir a fala,
Inconsequente erro que me salta...
Posto que seja de sangue sua tinta.
Explicar-lhes sempre renova a falha...
Desconexa rima que a nada exalta,
Fazendo com que a dor a pele sinta.