NA PELE...

Na pele os arranhões se firmam...

Talvez mais claros que n'alma...

Mas apenas aos alheios rimam...

Enquanto finjo minha calma...

Segredos tenho e dominam...

E se multiplicam, sua fauna...

Dolente modo como se comunicam...

Em dialeto consciente que me falta.

Traduzi-los seria diminuir a fala,

Inconsequente erro que me salta...

Posto que seja de sangue sua tinta.

Explicar-lhes sempre renova a falha...

Desconexa rima que a nada exalta,

Fazendo com que a dor a pele sinta.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 15/07/2018
Código do texto: T6390871
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