O SONETO DO FIM
Apenas pele e sangue,nada mais que isto
Somos o bicho,que amanhã se deteriorará
Não há quem fuja deste esboço sinistro
A terra conheceremos,ponteiros vão parar
Quando confirmado,o recadinho,o lembrete
Outra carne podre será então despachada
Vermes farão de nossa carcaça um banquete
Flores e velas temperarão medonha salada
O choro é o molho escorrendo entre o prato
Menu de trevas,cardápio de dores e horrores
Servido aos que ficaram para aqui degustar
De brinde são gravadas sob o pétreo aparato
As informações e números,os finais sabores
Que familiares e amigos deverão interpretar
Jonnata Henrique 15/07/18