APENAS SILÊNCIO...
Em minha surdez, se assim Deus fez...
Sinto-me presenteado e íntimo...
Não ouvir tão bem, por vezes..
Eleva-me a ouvir o infinito.
E este som tem sua essência e lei,
Erroneamente chamado de zumbido...
Pois só sabe quem tem, e eu sei...
O silêncio hoje é algo divino.
Nele sou levado, e elevado indo...
Não tenho tempo, mas nem idade...
Apenas contemplo tudo de bom.
Nele sou deixado, e vou sorrindo...
Não vejo as horas, mas felicidade...
Nos sentidos, na ausência de som.