APENAS SILÊNCIO...

Em minha surdez, se assim Deus fez...

Sinto-me presenteado e íntimo...

Não ouvir tão bem, por vezes..

Eleva-me a ouvir o infinito.

E este som tem sua essência e lei,

Erroneamente chamado de zumbido...

Pois só sabe quem tem, e eu sei...

O silêncio hoje é algo divino.

Nele sou levado, e elevado indo...

Não tenho tempo, mas nem idade...

Apenas contemplo tudo de bom.

Nele sou deixado, e vou sorrindo...

Não vejo as horas, mas felicidade...

Nos sentidos, na ausência de som.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 13/07/2018
Código do texto: T6389494
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