O MESMO FIM

No fim, a consciência exaurida,

Restará nada além do que matéria,

A clara sensação fim percebida,

Da humana condição, sua miséria.

A pulsação fugir da magra artéria,

Sangue seco na carne enrijecida.

Que poderá fazer a bactéria

parar a refeição apodrecida?

E engana-se aquele sobre a terra,

Que supõe diferença entre os viventes.

Temente do final que se assevera,

Achar que pode o fim ser diferente,

Ao ser que agonizando triste berra,

De si que em prece reza veemente.

Renan Ivanildo
Enviado por Renan Ivanildo em 11/07/2018
Reeditado em 15/02/2022
Código do texto: T6387612
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