Poesia alimento para alma.
Um poeta no fim de um dia frio,
Em seu canto só, elabora o feitio.
De versos que em reversos de um rio.
Flui nas águas do tempo senhorio.
E o peito num pulsar falho, erradio.
Bate num passado irreal, falaz, tardio.
Almejando um futuro vão e sem brio.
Enquanto perde-se no presente braquíbio.
Mas o mesmo frio que causa no peito fastio.
Alimenta o versejar no papel alvadio.
E os versos acalora o peito num ardoroso estio.
Que eleva e desenevoa o fim do dia sombrio.
Alegrando a vida do poeta num ledo alegrório.
Dum sol que pra alma é frumentoso em munício.
(Molivars).