Estranha romaria

Havia um tempo, em que o tempo não passava...

E se podia perder tempo, sem prejuizo...

Para se visitar alguém, se assim preciso...

E certamente, tempo, ainda sobrava...

Tempo tão bom, sequer se precisava,

De algum relógio, que regrasse o riso.

Nos impedisse de um impreciso...

Nos mantivesse à hora da escava...

Hoje porém, o tempo é tão escasso....

E a humanidade vive em correria...

Sequer um oi se diz, até diria,

Que sem um tempo, até para um abraço...

O homem grande tolo em idiotia,

Se fez refém de estranha e louca romaria.

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 11/07/2018
Reeditado em 11/07/2018
Código do texto: T6386903
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.