Estranha romaria
Havia um tempo, em que o tempo não passava...
E se podia perder tempo, sem prejuizo...
Para se visitar alguém, se assim preciso...
E certamente, tempo, ainda sobrava...
Tempo tão bom, sequer se precisava,
De algum relógio, que regrasse o riso.
Nos impedisse de um impreciso...
Nos mantivesse à hora da escava...
Hoje porém, o tempo é tão escasso....
E a humanidade vive em correria...
Sequer um oi se diz, até diria,
Que sem um tempo, até para um abraço...
O homem grande tolo em idiotia,
Se fez refém de estranha e louca romaria.