SEGREDO INVERNAL
SEGREDO INVERNAL
Forçou-se a levantar cedo
Olhos pesarosos a divagar
Crescente sensação de medo
Prostra-se então a chorar
Boca intenso sabor azedo
Inverso que o faz lembrar
Sua vergonha, cruel segredo
Sangue, alma... Vida a declinar
Perseguição, olhos enfurecidos
Sarcasmo da cruel gargalhada
A dor alastra, olhos entorpecidos
Nitidez de sua punhalada
O frio dos corpos fenecidos
Lembrança duma alma amaldiçoada
Eduardo Benetti