ROSTO DESERTO...
Sou a mera testemunha...
Do lindo gesto, do lindo olhar...
Agora distante e abstrato...
Que me fez e faz vítima.
O tempo com ele comunga...
Por fazê-lo perto, em distanciar...
Negando o perfil e o lume, extrato,
Uma essência disforme e íntima.
Compreende-me quem perdeu e perde...
Quem com sede cedeu ou ainda cede...
Sem uma gota beber nos lábios certos...
Percebe-se nesta carapuça e pele...
Quem desejoso salga o rosto e repele,
Singela lágrima em seu rosto deserto.