A ESTRANHA
...Um sorriso já me és extinto
Vago entre mágoas de dores
Sobre o peito frio já não sinto
Nem pulsar de cálidos amores
Num espelho não me vejo
Sombras duma alma vaga
Nem Sol nascente ou lampejo
Somente breu do céu propaga
Não reconheço meu rosto
Traços de uma estanha e só
Visão turva de um desgosto
Numa imensidão soturna
Sobrevivo na triste poesia
Duma vida tão infortuna