A BOLA DA VEZ

Abro a porta da casa. E o que vejo?

Uma libélula com várias falenas,

brindando o clima, e, num instante, encena

o seu rodopio sempre em mil voejos.

O sol se aproveita desse ensejo,

inaugura a manhã na linda cena,

vem aos poucos compor este poema

que ao papel delicadamente cravejo.

A leve brisa a roçagar a tez,

lembra ao inverno que agora, a bola da vez

é o verão a despontar absoluto.

E vez ou outra não fica mais de luto,

o tempo, com verão tanto quanto oculto,

a esconder-se na sua timidez.

Miguel de Souza
Enviado por Miguel de Souza em 05/07/2018
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