A BOLA DA VEZ
Abro a porta da casa. E o que vejo?
Uma libélula com várias falenas,
brindando o clima, e, num instante, encena
o seu rodopio sempre em mil voejos.
O sol se aproveita desse ensejo,
inaugura a manhã na linda cena,
vem aos poucos compor este poema
que ao papel delicadamente cravejo.
A leve brisa a roçagar a tez,
lembra ao inverno que agora, a bola da vez
é o verão a despontar absoluto.
E vez ou outra não fica mais de luto,
o tempo, com verão tanto quanto oculto,
a esconder-se na sua timidez.