SABIÁ
No viveiro ou livre mato,
Sabiá tem belo canto.
Ouço-o muito bem, é fato,
Leve e solto, vero santo!
Com penas de cor marrom,
Recobrindo o corpo altivo,
Transferem-no um nobre tom
De beleza, de ser vivo.
Só belisca fruta sã
Nos rincões do meu Brasil.
Posto em museu, vira palha.
Desde a vinda da manhã,
Canta ao ouvir qualquer pio...
A música que não falha!
Salvador, 27/04/2003.