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Da Fama
Eliane Triska
Concedo à poesia um lugar nobre
Nas nascentes dos ventos lacrimais.
Alma que invento sem que alguém me cobre,
Tornar-me ou não, notícia de jornais.
Há muito, muito mais onde me habito.
Doloridos fragmentos... Rios de seixos
Que me arrebatam! Mudo e me replico.
Aí, ninguém me alcança. Eu não deixo!
Ao perguntar-me (ah! profundo oceano),
Quem me defende deste tempo curto?
Eu sei que sou um mundo... Nada plano!
E da reserva em ver-me inteira um astro,
Escrevo à sombra dos silêncios que eu furto,
Do tempo que me veste: o meu claustro!
julho de 2018/RS