Vem da tênebra, de sepulcral morada
Vem da tênebra, de sepulcral morada
Rompendo os tendões do materialismo
Abominável sombra do abismo
Em manto negro e face descarnada
Tornando riso em noites geladas
Cessa o pulso de todo organismo
Embaixatriz de lúgubre fatalismo
Das almas de fortuna desgraçada
Nesses caminhos por onde ela passa
Vibra a sonata ruidosa da desgraça
Em aflição antevemos seus horrores
E pranteamos quem não mais existe
Amargurado em atmosfera triste
Em face de um caixão coberto de flores