Relâmpagos
Luzes incandescentes
Que brotam do infinito,
Na alma inconsistente,
Raios e labaredas sem destino.
Atormenta em desatino,
A coração apaixonado,
Meio a serra e montanhas,
Corações dilacerados.
Ventos, nuvens, devastação.
O mundo, um ponto inacabado
Na maravilha do infinito.
No ruído das trovoadas,
As almas apavoradas,
Escondem-se nos olhares disfarçados.
Contam os raios fecham os olhos,
Resplandecentes pelo céu, agora inflamado,
Despido dos segredos;
Desafiam os mistérios de amor recalcitrado.
A natureza na forte beleza,
Encanta o platônico encontro,
Das massas firas e quentes;
Na tempestade demente
Faz o céu ainda mais ardente,
Esquecendo do vento, a frieza;
E assim já posta a mesa
Na emoção mais garrida,
No trocar dos beijos
Tempestades esquecidas.