SONETO MISERERE NOBIS

Em que modo se fez ansioso amante
no degredo de su'alma no presente?
Perdido nas neurais redes mas crente,
fugidio deste céu, fica ofegante.

A cada dia o pão que nele diante
do próprio medo, a fala sem tangente,
espanta-se no espelho bem de frente,
curva-se o miserável, jaz o atlante.

Pois na fluência o mal fez lamaçal
pelo jardim do peito em pouca luz
fazendo-o contemplar quão abismal

é uma seca fonte, não traduz
o porquê de seguir o próprio mal,
quando o sucesso está na nossa CRUZ.