Exaltação à Morte

É um forte corte de porte grande

Que esse muro escuro e duro suporta:

Barreira de cor, dor e odor de morta

Massa que passa da raça e brande.

E oscila e vacila a sibila aorta

Na hora em que mora o agora, tal lande:

Terra arenosa, ociosa, sem cândi

Que mostra a verdade que comporta

O meu interesse em tratar desse tema

Em palavras, em versos, em poema,

Já que todos, no breu, vamos nos ver:

Seja no pleno infinito azul

Ou nas chamas que nos queima ao sul:

Hemos de brindar ao nosso morrer!