SONETO 9
No horizonte eu vi uma pomba
Ela voou com velocidade e Manha
Foi numa tarde e ela morreu de Manhã
Foi no jardim de lírio que ela Ganha.
Ó pomba de brancura e pia à Luz
Com carinho aos amores de fazer Jus
Que lágrimas de dores e pobre Talvez
Com dengo de mulher entre a hora Dez.
Morreu flor de paixão no lilás Lírio
Quando pombinha se banhou no Rio
Fez a donzela de fios de ouro o Ninho
E si embriagou de beleza em Vinho.
Ó pomba do hospital de fazer Pena
De asas abertas na escuridão da Penha
Toda formosura deveras são Resenha
Pois no Paraíso embebe minha Vinha.
Dorme ó doçura de delicada Pomba
Na cama de sonhos azuís Façanha
Os demônios morrem só à Tacanha
Queira o amor feroz ser de ti Incalta.
É a canção do hospital do Céu
É o ódio de injustiça de Réu
É o pesadelo da hóstia do Feo.
Ó pomba, pombinha do soneto Mau
O oceano que alavanca o aprisco da Nau
Que encanta toda sorte de lágrimas Sal.
Minha donzela do meu íntimo Amigo
Pois o teu sorriso cândido é Lindo
Na tua morte em paz o horizonte é Nívio.
"...Pomba de viver apenas um delírio supérfluo."