SONETO 9

No horizonte eu vi uma pomba

Ela voou com velocidade e Manha

Foi numa tarde e ela morreu de Manhã

Foi no jardim de lírio que ela Ganha.

Ó pomba de brancura e pia à Luz

Com carinho aos amores de fazer Jus

Que lágrimas de dores e pobre Talvez

Com dengo de mulher entre a hora Dez.

Morreu flor de paixão no lilás Lírio

Quando pombinha se banhou no Rio

Fez a donzela de fios de ouro o Ninho

E si embriagou de beleza em Vinho.

Ó pomba do hospital de fazer Pena

De asas abertas na escuridão da Penha

Toda formosura deveras são Resenha

Pois no Paraíso embebe minha Vinha.

Dorme ó doçura de delicada Pomba

Na cama de sonhos azuís Façanha

Os demônios morrem só à Tacanha

Queira o amor feroz ser de ti Incalta.

É a canção do hospital do Céu

É o ódio de injustiça de Réu

É o pesadelo da hóstia do Feo.

Ó pomba, pombinha do soneto Mau

O oceano que alavanca o aprisco da Nau

Que encanta toda sorte de lágrimas Sal.

Minha donzela do meu íntimo Amigo

Pois o teu sorriso cândido é Lindo

Na tua morte em paz o horizonte é Nívio.

"...Pomba de viver apenas um delírio supérfluo."

Francesco Acácio
Enviado por Francesco Acácio em 02/07/2018
Reeditado em 02/07/2018
Código do texto: T6379978
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