FEBRE
Quem descobriu seu segredo,
Sem pista ou qualquer razão,
Foi meu louco coração,
Que não se perde em degredo...
Nada, nunca, lhe põe medo...
Não se deixa em confusão...
Não se dobra à ilusão,
Nem faz do amor, seu brinquedo.
Vê no escuro, te descobre,
No meio da multidão...
Te adivinha em convulsão...
Sabe que nada de encobre...
Te pressente, te percebe,
Pelo sentido, em sua febre.