Deserto colorido (soneto)
Como se fosse um incomensurável deserto,
meu coração ainda com fadigas pulsa forte.
De tal forma, que não consigo aquieta-lo,
pelos caminhos e estradas que desbravo.
Áridos inabitados e escaldantes solares,
dissipam-se em meio ao sabor do vento.
Que corre sorrateiro a descortinar vielas
que apagadas, sem vegetações floridas.
Se encadeiam em quadros belos perdidos.
Em meio a este cenário que meus olhos,
descortinam como s fossem truanescos.
Enfeitados nestes desmedidos panos.
Coloridos com pinceis mágicos e férteis,
dando a tela cuidados de deus que a fez.