A ÓRFÃ

Perguntei à Deus, por quê sou tão Triste?

Por quê... Tanto sofre o meu coração?...

Uma solidão a vagar sozinha, persiste;

Amaldiçoada, perambula na contramão.

Deus, responda-me: - Sou acaso pagã?

Descrente da Vida, ou da triste Glória?...

Dê-me o paraíso, embora seja tua Órfã,

Cura-me as feridas, livra-me dessa escória.

Desse purgatório da minha mente,

Não sou filha concebida do Amor

Tampouco sei amar... Alma demente.

Sou injúria, inglória, duma fé ateia;

Expurga-me dos demônios carnívoros...

Tenha compaixão, meu espírito pranteia.

Cristina Milanni
Enviado por Cristina Milanni em 29/06/2018
Código do texto: T6377218
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.