SAÍDA
Há toneladas de horas que acumulo
nas pálpebras, nas minhas mãos vazias.
Ponteiros caminhando, perambulo
o círculo do vício vão dos dias
Relógios nada sabem, recalculo
quanto de tempo sou e de utopias.
O mundo que se creu sabê-lo nulo
na morta vida que tu pretendias.
Saídas, que fazer, vou para onde ?
ante a porta fechada, sem caminho
talvez gritar - sou mudo quem responde?
O próprio eco de se estar sozinho
na fuga de si mesmo que se esconde,
da morte, a solução, vivo e mesquinho.