SONETO 7
Ólho a serra com o coração na Natureza
O canto dos passarinhos ao longe em Belezas
Me prostro diante da majestade à Alteza
Pois na minha alma a flora da serra é Fineza.
Nas árvores com frutas frescas avançam Passarinhada
E com uns piares danados começa a Algazarra
Dentre tantos animais na bela serra se faz a Cantata
Pois é de revoadas ao amor da natureza Amadas.
Ó como é bonita a cabocla a caminhar no Verdejante
E isto é na serra uma verdade de ar Galante
Pois o sol é mais formoso contigo no Horizonte
Ainda que a paixão pelo verde sejam em mim Divagante.
Na serra de calor ao dia e frio no aconchego de Deus
Como animal de campana que busca descansos Teus
Todo soneto, soneto da serra é contemplar Meu.
Donde a lua com maestria percorre meu ser Vento
Donde o sol com perfeição faz das matas Bento
Toda canção a natureza é abraço terno de Alento.
Minha poesia se encontra no cantar breve do Pardal
Meus sonetos são faíscas que atiçam num Arraial
Porquanto, em Baturité meu espírito é alvorada do Natural.
"Ó lírica de meu ser, não deixe a natureza nessas letras desvanecer..."