Ninguém!

Fui Aquela que nenhuma alma apeteceu...

E que, entre sonhos e devaneios se perdeu;

Sempre sendo a loucura de duras mágoas.

Um orvalho alucinante na pétala da Rosa.

Que... Logo o Sol queimava em segundos;

Fui aquela que vagava entre espinhos,

Colhendo rosas e chorando em lamento

A maresia que dissipava com o vento.

Aquela que trazia no peito um céu escuro.

Negro, assim como o seu triste desalento.

Sequer... Encontrava paz, era só tormento.

Em nenhum olhar viu a si mesma...

Ofuscada sobre a retina era esquecida,

Solitária, abdicou-se da vida languescida...

Cristina Milanni
Enviado por Cristina Milanni em 26/06/2018
Código do texto: T6374397
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