Doce Amargo (Soneto)
Doce Amargo
Latente, mórbido esse coração.
Desatinado, desprovido de amor.
Doce amargo, sabor desilusão...
Adaga cravada, no peito, desamor.
Submerso... Aturdido sem emoção.
Desprovido de forças, num campo de dor.
Serro meus olhos, clamando perdão.
Livre-me desse mal, sou vosso filho senhor.
A vida remete-nos, há vários caminhos.
Nada somos, tudo queremos, pouco fazemos...
Nem tudo é doce há um certo amargor e espinhos.
Provar o doce amargo, nem sempre queremos.
Somos seres reles, vis, levianos, mesquinhos.
Mal enxergamos a cortina do mundo, que vivemos.
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Adilson Tinoco
25/06/16