ESCURIDÃO
Encontro-me no silêncio ensurdecedor
Ainda perdida num ambíguo sentimento…
Além da tristeza que trago em lamento;
D'uma lírica melancólica em resplendor.
Enquanto a vida martiriza-me, tento resistir;
Sentindo a ansiedade esmagadora e pungente.
Essa dor que habita em mim, insiste existir...
Eu olho para o imenso abismo insurgente.
Deixe-me descansar num sono disperso...
A negridão sempre esteve ao meu dispor;
Nas agruras das linhas de cada verso.
Entre as filosofias à angústia de existir!
Sou apenas uma alma farta em flagelo...
Esperando não sei o que há de sobrevir.