Saudades de alguém que vinha no trem.
Sinto saudades de alguém que vinha no trem.
Trazia consigo um sorriso, um brilho no olhar.
Era aconchegante o abraço e suave o entrelaçar.
Ah! Que saudades de alguém que vinha no trem.
Esse alguém que na estação da vida já não vem.
Não trazia bagagem somente a sua imagem.
Que chegava em visitas curtas, de passagem.
Ah! Que saudades deste alguém que vinha no trem.
Hoje no tempo ido se foi o trem e o alguém.
E nos trilhos frios, só ficou a marca dum ir e voltar.
E a esperança que um alguém chegue com o trem.
Mas o trem não vem, nem mesmo de passagem.
Deixando no peito a lembrança do riso e do olhar.
E saudade que com o trem não seguiu a viagem.
(Molivars).