MADEIRA II (ilha)

De longe voando em ti pouso,

Admiro-te, fico pássaro sem canto.

E tuas curvas olhar eu ouso

E amo-te do coração e quanto.

Teus montes ferem as nuvens sem dor

E o céu para ti mostra seu sorriso.

Sou pedra calada estática de amor,

Estou sedento por ti e te preciso!

As águas que banham teu corpo

Depois vozeiam nas cachoeiras

E pássaros cantam em cada horto.

As nuvens aos cumes dizem segredos,

As relvas se derramam em brincadeiras

E teus lindos abismos causam-me medos.