LIVRE ARBÍTRIO

Há almas que estão em ruínas

E quase mortas deitadas no pó.

Que esbroaram as mãos assassinas

Beijadas das bocas que mordiam sem dó.

Por que a alma assim se fascina

Das palavras suaves de bocas risonhas?

Por que não pára e pensa e raciocina

E deixa de ouvir as bocas medonhas?

Há almas de olhos fechados pra não ver

E seguem um caminho que tem sofisma

E tapam os ouvidos pra não ouvir, vão morrer!

Há almas cegas com olhos sem enxergar

Que soberbas andam em falso carisma

E fogem da Luz que as quer alumiar.