CONFISSÃO DE POETA
Na face divinal de cada flor
Que eu lembre a placidez do teu olhar
Se o frio da manhã me acarinhar
Que eu seja rosa para o beija flor
Dá-me ,agua azul do lago, meu amor
Nela, uma lua linda a cintilar
Vai minha sede lírica a aplacar
Neste silêncio que é meu confessor
De amor , se minha vida transbordar
Absorta deste sonho ou de paixão
Se eu morrer, deste ocaso ou de luar
No céu, serei estrela a te esperar
Partirei como o dia na amplidão
Abraçada ao poente, junto ao mar
Yeyé *
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EXÍMIO SONETISTA E AMIGO
RICARDO CAMACHO
*** VENTOS ***
Encantadoramente, sobre as águas,
Circundante o ar da fresca tarde bórea
Desafia a gaivota ao céu da glória,
Que sobrevoa sobre antigas mágoas!
Moléculas estéreis, infinitas,
Num turbilhão de toques duma brisa,
Maquia a natureza que bem frisa
Nos cálculos tranquilos... bem bonita!
As máculas degradam sem sentir
Nos soberanos ventos do existir,
No imensurável e irresistível tempo!
E a vastidão do azul que não se toca,
Surpreende todo Amor que sai da toca
Do coração, mas vai feliz no vento!
RICARDO CAMACHO
Obrigada, Ilustre Poeta, é uma honra
tua presença na minha escrivaninha
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Imagem - Google