Minha lira
Não pego em mão alguma pra escrever
Eu sigo a minha verve, a minha lira
Não vou na sombra de ninguém, me tira
Dessa comparação, se quer saber
Ridícula, absurda, nada a ver
Caminhos tão opostos, desiguais
Caráteres e gênios nada iguais
E cada um é um, ninguém é dois
Leve a carroça junto com seus bois
Mas não me leve junto que não vou
Eu não costumo ser o que não sou
Separe bem as coisas, pois depois
Me fecho em copas, fim de papo, adeus
Não vão sobrar nem pensamentos meus