EU TE AMO
(soneto n.270)
Hoje eu queria apenas ser caça,
e entregar todas ânsias secretas,
matar as minhas dores inquietas,
permitir-me estar bem mais lassa.
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Hoje eu não queria tal mordaça,
nada de normas e nem de metas;
esquecer-me de rimas, de poetas,
tornar-me só fogo (e só fumaça).
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Ah! Me toma um tremendo desatino,
um querer tão forte, tão cristalino,
que - de meu menino - eu te chamo.
*
E, no imo, minhas forças me deixam,
pois, no coração, letras se enfeixam
gritando claramente um 'Eu Te Amo'!
Silvia Regina Costa Lima
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