EU TE AMO

(soneto n.270)

Hoje eu queria apenas ser caça,
e entregar todas ânsias secretas,
matar as minhas dores inquietas,
permitir-me estar bem mais lassa.
*
Hoje eu não queria tal mordaça,
nada de normas e nem de metas;
esquecer-me de rimas, de poetas,
tornar-me só fogo (e só fumaça).
*
Ah! Me toma um tremendo desatino,
um querer tão forte, tão cristalino,
que - de meu menino - eu te chamo.
*
E, no imo, minhas forças me deixam,
pois, no coração, letras se enfeixam
gritando claramente um 'Eu Te Amo'
!

Silvia Regina Costa Lima

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SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 13/06/2018
Reeditado em 11/06/2020
Código do texto: T6363570
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