Raízes da morte
Eu pus em horta estéril esperança
Que cultivei em toda juventude
Murcharam as raízes de virtude
Na aflição de lúgubres lembranças
Quais vozes me causaram tais mudanças?
Selaram-se em dolorosa quietude
Prostrei-me a sombra da decrepitude
Análago ao corpo amorfo que descansa
E cravei novas raízes na má sorte
Arraigado nos vergéis da morte
Vítima de inevitável imolação
Num desenvolvimento embrionário
Formado nos flagelos funerários
Gerou nefasta gênese de um caixão