EU E O TEMPO
Eis o tempo a passar célere, veloz!
Já estamos em meados de junho, quase julho,
Ontem foi Natal, Carnaval, Semana Santa...
Aí penso, tanta pressa! Só me espanta.
Tento aprisionar minutos do relógio, esse algoz,
Pendurado na parede, num tic-tac infindo...
Não consigo! E vejo-o correr em disparada
Sem me dar atenção, seguindo... seguindo!
E a mim, pobre vivente, só resta me adequar
Fazer de cada segundo, eternidade de mergulho
Perpetuando assim, minha passagem pela terra!
Contê-lo, impossivel! Já tentei de tudo enfim
Ele passa, e eu passo também... mesma estrada
E ficamos nesse impasse, de vencer a mesma guerra!