AMOR ARDENTE
Por ser fraco, ao pecado não resisto,
Mas trago no DNA, tua grande obra.
Se não amar o corpo a mente cobra,
E por isso meu Pai na paixão insisto.
Um vício sublime invade meu astral,
E doces rompantes o poeta vivencia.
E acabo ferido muito além da poesia,
Em papel de pão pendurado no varal.
Do fruto proibido, que jamais pensei.
Ver meu coração cedendo à serpente,
Num amor entregue e tão de repente.
Fazendo-me vagar feito um astro rei,
Capaz de repetir cada ato novamente
Ao viver um amor que se fez ardente.
Jacó Filho
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