O poeta e o amor (1ª versão)


Camões cantou o amor tão prolixamente
Cantou o amor e a paixão e tudo o mais que arde;
Cantou também a solidão covarde
E fê-lo com um fervor eloquente.
 
O amor é ferida que não se sente
Às vezes quando dói já é tão tarde
Que o coração cala, não faz alarde
Da chaga que nos mata lentamente.
 
Crendo-se sempre muito apaixonados
De amor se morre até arrefecer;
Fazendo, apenas, fé nos maus-olhados.
 
Por que razão se teima em esquecer
Que um amor requer imensos cuidados
Pra se viver feliz até morrer.
 

Lucibei@poems
Lúcia Ribeiro
In "Sonetos”
10/06/2018

O poeta e o amor (2ª versão)

Cantou, Camões, o amor tão docemente
E cantou a vil traição que o peito encarde;
Cantou também a solidão covarde
E fê-lo com um fervor eloquente.
 
O amor é ferida que não se sente
Às vezes, quando dói já é tão tarde!
Que o coração cala, não faz alarde
Da chaga que nos mata lentamente.
 
Crendo-se sempre muito apaixonados
De amor se morre até arrefecer;
Fazendo, apenas, fé nos maus-olhados.
 
Por que razão se teima em esquecer
Que um amor requer imensos cuidados
Pra se viver feliz até morrer.
 
 
12/09/2018
Lucibei@poems
Lúcia Ribeiro
In "Sonetando”

Modocromia, Edições
 
 
 
 
 
 
Lucibei
Enviado por Lucibei em 10/06/2018
Reeditado em 06/05/2020
Código do texto: T6360762
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