TEMPLOS

Deitados sobre cúmplices lençóis,

à luz azul do led intermitente.

Sussurros entoados em bemóis,

por bocas que se tocam lenientes.

Carícias são qual iscas em anzóis,

para línguas que as buscam persistentes.

Enfrentam os calores de mil sóis,

bulindo seus desejos, inclementes.

Mergulhados na fonte cobiçada,

sem receios ou culpas, devorada.

O mundo se traduz num terremoto.

Perdidos na grandeza desse instante,

os amantes recompõe-se ofegantes.

Do templo da paixão já são devotos!

Fonseca da Rocha
Enviado por Fonseca da Rocha em 10/06/2018
Reeditado em 09/10/2019
Código do texto: T6360412
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