A bailarina russa
A bailarina russa se perdeu
Na rua fria, triste, socialista,
Na dor que cega tudo como um breu,
No sentimento bruto cuja vista
Deixa que o coração somente sinta
Toda rudez que existe além do olhar;
Talvez um cisne branco que ressinta
Sua mudez e quer então cantar;
Talvez uma menina que nem sonha
Ser bailarina, o seu país é outro,
Quer gente alegre, sol baiano e vixi,
Ou Nova York, jazz... Há quem proponha
Algo do tipo ousado, livre, solto...
Fim pra essa tara marxista, eu disse!