IRREVERENTE

Sou poeta e sigo à risca minha sina

Não me vejo em condição de questionar...

Sob a pena a emoção de par em par

A verdade que me move determina.

Se eu pudesse escolheria outra morfina

Enveredava por desvio salutar

Ninguém sabe a pena imposta por amar

Quanta dor ao sofredor o amor destina.

Mesmo imposto a me ajeitar num pressuposto

Condição de ser poeta, eu sigo em frente...

Sem desgosto que aprendi a usar a lente...

Descrevendo esse rompante ou seu oposto,

Cada traço desvelado e bem assente

Possa ao menos revelar-me irreverente

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 09/06/2018
Código do texto: T6359620
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