Morrer amando
Nosso amor habita no lusco-fusco
De olhares indiscretos escondido
Um amor radiante, muito sentido
Mui dócil, carinhoso e nada brusco.
Com o brilho desse teu olhar me ofusco
Acho-te num tropeçar consentido
Num esbracejar meigo e divertido
Encontro tudo aquilo que mais busco.
É bom sentir esta felicidade
Viver ao rubro emoções, desejo...
Sem as maleitas do corpo ou da idade.
Entregar-me ao amor sem qualquer pejo
Esbanjar carinho, sensualidade...
E morrer amando, enquanto versejo.
Lucibei@poems
Lúcia Ribeiro
In “Sonetando“
Modocromia, Edições
08-06-2018